sexta-feira, 28 de junho de 2013

Dzhokar Tsarnaev dança bem

Dzhokar Tsarnaev, o mais novo dos dois irmãos jihadistas chechenos, autores confessos dos atentados da Maratona de Boston, vai ser julgado.  Segundo o Público, o "jovem de 19 anos é acusado da morte de quatro pessoas (três espectadores da maratona e um polícia, que morreu na perseguição a Dzhokar e ao irmão mais velho, Tamerlan, também ele morto nas horas seguintes ao atentado)".

Apesar de ambos terem deixado bem expressa a autoria do crime, apesar de terem em sua casa explosivos para a operação seguinte, planeada para a Times Square, apesar de todas as provas forenses, o tom da Imprensa nacional e estrangeira é céptico quanto à culpa dos Tsarnaev.  

Há uma onda de negacionismo quanto a estes ataques terroristas, que já conhecemos dos atentados de Nova Iorque (que apesar da reivindicação continuada por parte de Osama bin Laden e da Al-Qaeda, continuam a ser imputados à família Bush, à CIA ou à Mossad, consoante os gostos; dos atentados de Madrid (atribuídos pelos islamocépticos à ETA); ou dos atentados de Londres (imputados ao MI5).

A Imprensa e certa opinião publica ocidentais têm uma cegueira selectiva em relação aos actos terroristas islâmicos, e encontram sempre explicações e evidências para culpar terceiros, com os mais inacreditáveis argumentos.

Tão inacreditáveis como a "justificação" de Dzhokar Tsarnaev, deixada por escrito no interior do barco onde se escondeu:

“O Governo americano mata civis inocentes. Não posso suportar ver que esta maldade fica impune. Nós, muçulmanos, somos um único corpo: fazem mal a um de nós, fazem mal a todos nós”.

A declaração escrita no barco contém outras passagens que a Imprensa gosta de esquecer, tais como "FUCK AMERICA, PRAISE ALLAH!" . Acima de tudo, é preciso esconder que a jihad islâmica é uma guerra santa, que as motivações para o terrorismo islâmico são religiosas... E que a guerra santa islâmica não é uma excepção de uns quantos desmiolados, mas um movimento global que vitima mais gente num ano do que a Inquisição em 350.

Para além do aplauso às suas "justificações", o terrorista confesso Dzhokar Tsarnaev está a despertar simpatias e paixões acaloradas em todo o mundo, "porque um jovem tão simpático não pode ter feito os atentados, e é óbvio que foi incriminado pela CIA":



É absurdo, é vergonhoso, é odioso que haja quem assim pense, mas a verdade é que os há. E as suas assinaturas nas petições contam tanto como as de pessoas normais e conscientes.

Na notícia do Público, como na Imprensa e na cabeça destas pessoas, não há uma referência às centenas de vítimas inocentes que ficaram estropiadas. O agente da Polícia que Tamerlan Tsarnaev atropelou, "morreu na perseguição". As outras três vítimas mortais são um número, ninguém sabe os seus nomes. Mas toda a gente sabe que Dzhokar Tsarnaev é giro, dança bem, e "não pode ter feito os atentados".

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Mais informação sobre estes atentados no marcador Atentados de Boston. Completaremos este post e continuaremos a comentar este caso.

2 comentários:

  1. "A Imprensa e certa opinião publica ocidentais têm uma cegueira selectiva em relação aos actos terroristas islâmicos, e encontram sempre explicações e evidências para culpar terceiros, com os mais inacreditáveis argumentos."

    Essa é a triste realidade em que vivemos. Quaisquer notícias relativas ao que muita gente considera como a 3º jihad (e digo "muita gente considera" porque oficialmente ninguém quer assumir, segundo os governantes ocidentais são "apenas" milhares de actos de terrorismo sem nada em comum, enfim, é estar perdido num mar de árvores e não admitir que se está está numa floresta) acabam por ter toda e qualquer ligação à "Religião da Paz" removidas. São crimes cometidos por "asiáticos", "estrangeiros", "emigrantes", "habitantes de bairros sociais"... É uma lista quase interminável de alternativas à menção da religião que acaba por denegrir quem não tem nada a ver com o assuntos (Hindus, sikhs e chineses são asiáticos. Será que, pelo sim pelo não, deverei de deixar de ir a restaurantes chineses e indianos? É que não quero financiar terroristas...).

    Exemplo: o caso Woolwich. Um soldado britânico foi morto (atropelado depois decapitado). Segundo testemunhas os atacantes gritaram "Alá Akbar" ("Deus é Grande"). Um dos atacantes foi gravado em vídeo a dizer que o ataque foram ordenado pelo Corão já que a vítima era um soldado que tinha estado no Afeganistão. No entanto, segundo quer o mayor de Londres quer o 1º ministro britânico, o ataque não teve nada a ver nem com o Islão (se calhar até são ambos doutorados em estudos religiosos com especialização no Islão e só eu é que não sei), nem com a política externa britânica, foi apenas o acto de dois lunáticos.

    Enfim...

    Só mais uma nota/curiosidade: o irmão, que morreu na perseguição policial? Chama-se Tamerlan. Em português, Tamerlão. "E então", pergunta o leitor. E então, respondo eu, Tamerlão foi um chefe militar "asiático" (leia-se: islâmico), (supostamente) descendente de Gengis Khan mas muito superior a ele tanto em barbárie como em fanatismo religioso, fanatismo esse que o levou a matar milhões. No Ocidente ficou famoso pela brutalidade e crueldade com que tratava os povos conquistados (era comum matar dezenas de milhar de habitantes das cidades que conquistava, fazendo pirâmides com os crânios).

    Pois é, da próxima vez que conhecerem alguém chamado Tamerlão talvez seja melhor indagar sobre a religião dele e, quem sabe, converter-se. É que não há duas sem três...

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  2. Extremista Moderado,

    Grato pelo seu contributo sempre interessante e esclarecido.

    Gostava de lhe fazer uma proposta honestíssima :-)

    Se quiser ter a bondade de enviar um mail para BomAmigodeIsrael arroba gmail ponto com, logo que direi...

    Abraço,

    I.B.

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